Peter Pan & Wendy
por Domínio Público
por J.M.Barrie
Apresentado aqui em versão integral, Peter Pan e Wendy é um dos grandes clássicos da infância. A história circula no Brasil sobretudo como desenho animado ou em edições simplificadas. O encanto não se perde, é verdade, mas é preciso conhecer o texto de J. M. Barrie para testemunhar a alta qualidade literária da obra.A figura de Peter Pan é o melhor exemplo da densidade psicológica surpreendente que o autor infunde a seus personagens. Peter, como se sabe, é o menino que se recusa a crescer. Tudo o que deseja na vida é ser exatamente o que já é: criança. Outra característica sua é que ele esquece as coisas. Está sempre se metendo em mil aventuras e no minuto seguinte já não se lembra delas. É tão desmemoriado que chega a esquecer quem é Wendy. De Sininho, então, nem se fala.A falta de memória ajuda Peter Pan a não crescer. Se ele não se lembra do que já viveu, fica com a impressão de que mesmo as coisas repetidas estão acontecendo pela primeira vez. É por isso que às vezes as alegrias e as tristezas dele são tão fortes. É o que acontece, por exemplo, numa de suas lutas contra o Capitão Gancho. A certa altura ele vê que pode vencer facilmente, mas, percebendo que o inimigo está num plano mais baixo, estende-lhe a mão e o ajuda a subir. Qual a reação de Gancho? Dá uma mordida em Peter Pan. Peter se espanta, se horroriza, fica sem ação. Não pela dor, mas pela deslealdade, pela injustiça. "Toda criança reage dessa forma na primeira vez em que recebe um tratamento injusto", escreve o narrador. "Tudo o que ela se acha no direito de encontrar quando se aproxima de alguém é justiça. Poderá amar de novo uma pessoa que foi injusta com ela, porém nunca mais será a mesma criança. Ninguém se recupera da primeira injustiça - ninguém exceto Peter. Ele muitas vezes a encontrou, mas sempre a esqueceu. Acho que isso era o que verdadeiramente o diferenciava do resto do mundo". Peter Pan pode ser espertíssimo ao combater piratas, mas tem um coração ingênuo. Tudo para ele tem a intensidade de uma primeira vez. Ele é mesmo uma criança, e, sendo criança, está sempre descobrindo que o mundo é uma novidade. Peter Pan e Wendy surgiu como peça de teatro. Em 1930 J. M. Barrie doou os direitos autorais do livro a um hospital infantil de Londres. Em 1987, cinqüenta anos após a morte do autor, esses direitos expiraram, mas o Parlamento inglês abriu uma exceção e determinou que o hospital continuaria a recebê-los enquanto existisse.
A Revolução dos Bichos
por Domínio Público
por George Orwell
Uma fazenda é tomada por seus animais maltratados e sobrecarregados. Cheios de idealismo, eles se propõem a criar um paraíso de progresso, justiça e igualdade, administrando o local por conta própria. Os porcos, então, assumem o comando e, com suas habilidades de alfabetização, vão aos poucos mudando as regras que os animais haviam estabelecido previamente. Dessa forma o palco está montado com uma crítica muito bem escrita de como os ideais socialistas são corrompidos por pessoas poderosas, como as massas iletradas são aproveitadas e como os líderes comunistas se transformam em capitalistas
As Fadas que não sabiam amar
por Lucas Claudina
Você já imaginou onde vivem as fadas e o que fazem? Conheça Ana Maria, uma fada que vai viver várias aventuras e experimentar a morte, mas espera aí fadas não morrem! Venha ver o mistério por trás dessa aventura.
O Circo e outros contos
por Saulo Barreto
O conto mais extenso do volume de título “O Circo” ou poderíamos considerar uma “novela?” Enfim! Dividido em 3 partes não esconde a influência clara de A Revolução dos Bichos de George Orwell, um de seus autores contemporâneos favoritos. Ao passo que este tem como cenário uma fazenda na qual bichos promovem uma revolução contra seu dono – o Sr. Jones naquele o palco é um circo onde animais considerados “exóticos”, engendram igualmente uma rebelião com vistas a se “libertarem” dos desmandos opressores promovidos pela família do ambicioso Mr. Hermman. Na segunda, o motim é liderado por um porco “Major” na primeira, um Macaco, sem denominação própria, mas sempre mencionado com “M” maiúsculo, evidenciando a proposta do autor em elevar o posto dos animais ao patamar de seres “humanizados”. Em suma, ambas são similares por terem como protagonistas animais, tendo os “humanos” como antagonistas cuja ideia principal é contestar a ideia de poder ou seja, a dominação de um grupo (minoritário) por sobre o outro (majoritário). Muito depois, o próprio autor confessa ter descoberto que o escritor britânico compôs sua “fábula” remetendo a uma paródia no afã de tecer suas ácidas críticas pelo qual a “Revolução Russa” tinha se tornado. Se soubesse disso anteriormente como autocrítica, Barreto teria contextualizado sua narrativa em referência a “Revolução Cubana”, que embora uma ilha, em determinado momento, obteve sua influência simbólica global. Mesmo reconhecendo o lapso, o enredo não deixa de prender atenção do público para uma mensagem bem mais nobre. Não somente escarnecer os maus tratos sofridos pelos animais mas denunciar os mecanismos de dominação que alguns setores sociais têm feito uso sem deixar, contudo, de propor o devido antídoto para se livrar de “grilhões” dessa natureza.
Absurdidades
por Saulo Barreto
4 C o NTOS GUERRA e ESPERANÇA – Primeira produção epistolar do autor, trata-se de cartas trocadas entre o Soldado Otávio e sua noiva Michelle quando aquele fora convocado para partir – juntamente com outros soldados brasileiros –, com o fito de combater as tropas nazifascistas que tentavam resistir na tal “linha gótica” ao norte do território Italiano. Estávamos próximo do fim da 2ª Guerra Mundial (1939 - 45). Neste escrito Barreto vai contando, em riqueza de detalhes, como o combatente brasileiro teve suas primeiras impressões no teatro de operações até próximo ao desfecho do combate. São narrados pormenores das batalhas, as dificuldades operacionais, as baixas, do frio e sobretudo da dor e da esperança em querer retornar como vitoriosos para a sua pátria, para os braços da família e sobretudo, da mulher amada. Apesar de ficcional, o contista fez questão de ter o cuidado em realizar um retrato aproximado do que foi vivido pelos corajosos pracinhas da FEB como uma forma de homenageá-los. TEMPLO DAS ARTES – Imagine uma pessoa que chega ao final da vida e vê que não passou de somente mais um ser como qualquer outro na face terra. Que somente viveu egoisticamente em torno do próprio umbigo sem contribuir com nada de bom para a humanidade. Ser somente um bom filho, um bom marido, um bom funcionário, um bom pai seria mesmo suficiente para mudar o mundo para melhor? Impulsionado por estranhas visões, sonhos e vozes pela primeira vez, nosso personagem Praxedes, recém aposentado, decide corajosamente construir algo que definitivamente dê sentido não somente a sua vida, mas, sobretudo aos outros em sua volta qual seja – um imenso templo onde pudesse expor e debater sobre os temas mais relevantes da humanidade na sua concepção. Entretanto, a sua missão não seria nada fácil, pois ele teria de convencer inúmeras pessoas no sentido de contribuir com seu intento.
Discursos Mudos
por Saulo Barreto
A obra literária de Saulo Barreto é fascite! Seus contos têm a engenhosidade de mesclar o cotidiano insosso com uma pitada do fantástico regozijante. Na forma escritor libertário e com um elegância estilística literária peculiar decidiu se apartar do sensos comuns e dos precursores renegando viver limitado a forma pré-estabelecidas. No conteúdo ‘Discursos mudos’ escarnece os implícitos filtros de destruição da natureza e humana tão prezados pela nossa sociedade com vistas a selecionar os ‘fortes’ (detentores de poder econômico) dos ‘fracos’ (não ou pouco detentores desse poder). A burocracia, do ‘Chá do decano’ o grito dos oprimidos, no ‘Discurso para a ONU’ a realidade nua e crua imposta pelos opressores em ‘A Entrevista’ o inconformismo com a morte em ‘A Viagem’, são ingredientes que fazem deste livro um dos melhores já impressos neste mundo de ‘faz de contas’ e sem sentido que o autor tenta como ele mesmo disse – em vão - combater.
BLUE GUARDIAN
por Luiz Fernando Freitas da Silva
Há bilhões de anos, Deus criou os céus, a Terra e todo o universo e tudo o que habita nele.
Para manter a harmonia entre todas as formas de vida, Ele criou a Pedra do Núcleo do Universo, uma joia sagrada que sustenta o equilíbrio de toda a criação
Seu poder era tão grande que quando os seres das trevas descobriram sua existência, tentaram roubá-la para espalhar o caos.
Mas a Pedra, tinha consciência própria, escolheu um jovem que estava passando por momentos muito , mas agora ele precisa superar ainda mas desafio na sua vida , é assim nasceu o guardião azul